sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Os Royalties e os Municípios com Baixa Arrecadação de Próprios




Os municípios de Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy possuem uma intrigante característica em comum. Os três são beneficiados com recursos advindos dos royalties do petróleo, mas todos os três têm baixa arrecadação de recursos próprios, originados, principalmente, de impostos municipais.

Isso deverá mudar para Itapemirim e Presidente Kennedy, quando os portos estiverem operando, o que gerará um incremento na arrecadação para estes dois municípios.

Marataízes, por seu turno, ainda que não conte com portos a serem instalados em seu território, também se beneficiará, ainda que numa proporção bem menor, com um aumento dos seus recursos próprios, já que também terá um crescimento de sua população fixa e, consequentemente, com isso haverá um incremento da arrecadação de impostos. 

Fato é que, hoje, os três municípios se encontram numa situação estranhamente paradoxal, onde possuem milhões de reais em reservas para investimentos, sem, contudo, poderem utilizar esses recursos para gastos com pessoal, estando engessados no que diz respeito à contratação de servidores tecnicamente capazes e preparados para darem conta do premente crescimento da demanda e da pressão pelos serviços públicos que prestam à população.

Esses três municípios hoje estão numa situação complicada, pois precisam realizar investimentos de grande monta para darem conta da prestação dos serviços públicos, mas não têm pessoal capacitado para fazer os projetos, nem muito menos para fiscalizar a execução das obras. 

Itapemirim, por conta do profissionalismo da gestão pública e da visão anos-luz à frente do seu tempo da gestão anterior a que lá está hoje, conseguiu melhorar o seu "staff", com contratações e capacitação de seu pessoal, mas precisa fazer ainda muito mais. 

Marataízes e Presidente Kennedy estão atrás nessa corrida, pois possuem sérios problemas de falta de pessoal e de infraestrutura, estando – todos os três municípios – numa “sinuca de bico”, vendo a demanda pelos serviços públicos que prestam aumentar e sem poderem contratar pessoal para dar conta disso. 

Além da necessidade de se aumentar o quadro de profissionais e técnicos, é necessário também rever-se o plano de cargos e salários dessas prefeituras, pois o que se paga aos servidores atualmente não motiva os atuais e não atrai aqueles profissionais e técnicos que os três municípios desejam e precisam possuir em seus quadros.

A solução para esse impasse deverá passar com uma conscientização do Poder Legislativo Federal, no sentido de se entender essa situação paradoxal em que se encontram esses três municípios, onde deputados e senadores precisam compreender que a situação é ímpar e necessita de um tratamento diferenciado, onde se permita que sejam utilizados os recursos dos royalties para custeio da urgente e necessária profissionalização do seu pessoal, o que envolve reestruturação de secretarias, criação de planos de cargos e salários e contratação de profissionais e técnicos para, como já dito, poderem dar conta do “boom” populacional que ocorrerá a curto e médio prazo, tanto no que diz respeito à prestação de serviços como na fiscalização.

Esse tema é urgente e premente e necessita de atenção e de uma ação política imediata dos nossos representantes nos Poderes Executivo e Legislativo dos municípios e do Estado, para que se evite um crescimento desordenado e que se possa dar conta de atender às necessidades da atual e da nova população que por aqui irá se instalar.

É o progresso chegando. E com ele os problemas que sempre o acompanham.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Filme de Mim Mesmo



Sou espectador assíduo, contumaz, de mim mesmo
Minha vida passa como um filme em minha mente
Flashes ou histórias com roteiros de tempos já findos
Reminiscências de atos e fatos marcantes, ímpares
Sempre ligados a coisas que envolvem o emocional
Somos todos reflexo dessas boas ou más experiências
Rostos moldados pelas rugas trazidas por sorrisos
E também por ríctus e pelas cicatrizes vindas da dor
Algumas boas lembranças são como desenho animado
Arrancam sorrisos sempre que aparecem nesse filme
Outras são melancólicas, mas não mais desfiam lágrimas
Ninguém é um aglutinado apenas de vivências boas
Há que se lutar sempre para que estas superem as más
Para manter-se são nessa roda-viva enlouquecedora
Meu futuro não será mais o mesmo que vislumbrei
Os planos desfeitos deram lugar a outros com mais viço
Com mais vontade, com mais esperança, com verdade
Estar sempre pronto para recomeçar... Está aí a chave
Venha, meu presente... estou inteiro e pronto para você

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

As cores




Sou eu quem pinto as cores do meu dia.
Não outorgo essa prerrogativa para  ninguém.
Até deixo (poucos) usarem minha aquarela.
Empresto-a até.
Mas minhas cores só eu as escolho.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Soneto em Duo



Há dias vaticino
Alguns passos adiante
Outros passos em ré
Mil acertos
Um erro
Adias o mútuo querer
Um abraço, um instante
Seguindo adiante
Querendo em duo
Vivendo em solo
Viver é simples
Ou não...

sexta-feira, 28 de junho de 2013



O poente e sua hora mágica
Luz laranja, tons dourados
Cores, flores, amores
O ar esfriando
Um belo clique
Um suspiro
Um sorriso


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Raros Instantes



Contra-luz
Silhueta 
Olhos baixos
Lábios em ríctus
Uma lágrima escapulida
O som atenuado
O silêncio que tudo diz
Docemente quebrado
Um vinil na agulha
Daqueles...

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Esvaziamento do Protesto



     O mote era os vinte centavos da passagem em São Paulo. A violência da Polícia Militar contra os baderneiros da claquete da ultra direita alijada do poder que se infiltraram na manifestação desencadeou um efeito dominó pelas grandes capitais do país, que já está se capilarizando para outras cidades de porte médio e até pequenas, como é o caso da minha Marataízes, no litoral sul do Estado do Espírito Santo, com agenda de manifestação para o próximo sábado, dia 22 de junho de 2013.

     Não obstante serem válidas as manifestações – sem, obviamente, a participação de claquetes encomendadas de baderneiros depredadores do patrimônio público e privado – o que se tem visto é que elas – as manifestações – eram inicialmente legítimas, mas estão se transformando numa turba de descontentes sem pauta de protesto definida, onde vândalos e aproveitadores de ocasião se misturam, esvaziando a ideia original, que já nasceu confusa, vindo do prefalado aumento da passagem de ônibus em São Paulo.

     A violência que se tem visto não deveria fazer parte das manifestações e, além disso esvaziar a atenção para a pauta de protestos que deveria ser mais clara, já há rumores de que as Forças Armadas estão de prontidão para ajudar a conter os baderneiros.

     A situação é preocupante, exige cautela, e chama a atenção o silêncio das autoridades constituídas, que assistem a tudo incólumes em seus gabinetes ou residências, torcendo para a turba voltar logo sua atenção para o circo da competição que antecede o ano de Copa do Mundo que ocorre em nosso território.

     O circo foi bem armado. Só se esqueceram de convidar os que receberam o pão.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Sol e Flor



O mesmo sol que endurece o barro
É aquele mesmo que derrete a cera
É necessário que se dose a exposição
A flor precisa do sol para que ecloda
Mas secará se for por demais exposta
O sentimento é tal qual uma bela flor
É preciso que se lhe regue, dia a dia
Represar a fonte da água lhe resseca
Mágoas do passado devem por lá ficar
Sob pena de se não deixar abrir a flor
Vivamos o presente sob a luz do sol
Sem deixar que as flores ressequem
E basta regar, mostrar um pouquinho
Para os corações florescerem sadios
E eclodirem a flor como deve ser
Juntos, sãos e felizes

segunda-feira, 17 de junho de 2013



        Vejo as manifestações pelo Brasil como um grito da 

plebe aos desmandos do poder como um todo, pouco 

importando o partido que esteja sentado no trono.

As Manifestações que Tomaram Conta do País - Não tem santos nessa história



     O que se tem visto nas ruas de todo o país são manifestações misturadas de gente que, de fato, deseja que se acabe com a corrupção endêmica que assola o Brasil, que quer ver qualidade no ensino e saúde públicas, quer mais segurança, dentre outros deveres de casa que o Governo deveria fazer e, efetivamente, não faz.
     Além desses incautos bem intencionados, há claquetes orquestradas pelas viúvas do poder, engendradas pelo PSDB, com o intuito claro de incitar a violência, a balbúrdia, para dar uma sensação de anarquia generalizada, cena que já vimos acontecer no período que antecedeu o Golpe de 64, que alguns ainda chamam de Revolução.
     Em Brasília, a Presidente, ou a Presidenta Dilma, como ela exige ser tratada, levou uma vaia homérica no Estádio Mané Garrincha daqueles que estavam num circo onde os que receberam o pão não foram convidados, ou não tinham dinheiro para assistir o espetáculo.
     Fato é que não existem santos em nenhum dos lados dessa história, e falo do PT e de Dilma sendo alvo dos protestos e das claquetes organizadas pelo PSDB para os protestos, órfão do poder que está sedento para retornar.
     Infelizmente, nosso sistema político-eleitoral-partidário é podre na sua essência e quem quer que esteja sentado em quaisquer das cadeiras do executivo Federal, Estadual ou Municipal tem que “entrar no esquema” para poder governar.
     Não foi o PT que inventou o mensalão. Talvez tenha sido criado anteriormente ao PSDB ganhar o lugar-mor da República na era FHC. Fato é que, não obstante as viúvas do poder estarem aproveitando o momento para fazer baderna e dar esse ar de anarquia generalizada, vejo as manifestações como um grito da plebe aos desmandos do poder como um todo, pouco importando o partido que esteja sentado no trono.
     Só espero, de coração, que o Exército continue no quartel.

Irreversível



Não querer fechar a porta é uma coisa
Deixar energias por ela vazar é diferente
Se essa energia vazante não tem serventia
É puro desperdício de tempo a insistência
Há portas que dão de cara com muros
Meras paredes intransponíveis de irreflexão
Se o caminho que levam é seco e estéril
É preciso fechar essas portas de uma vez
E de vez, para não mais serem abertas
Se a planta morre, não adianta regá-la mais
Assim se mostram algumas portas abertas
Que precisam e serão por fim cerradas
E a chave será jogada fora
Irreversivelmente

domingo, 16 de junho de 2013

O Poder do Querer



Querer, de fato, é mesmo poder
Desde que, efetivamente, se queira
Quisera poder que o querer ecoasse
E retornasse num uníssono em duo
Em via de mão dupla com trânsito livre
Sem ruídos de comunicação envoltos
Em uma certeza de dúvidas dissonantes
Seria a certeza do que, de fato, se quer
Sem os senões dos porquês e dos “se”
O segredo do querer é uno, indivisível
Basta trocar o “se fosse” pelo fazer

Dois Lobos



Todos têm dois lobos dentro de si
É o tal do Yin e Yang dos orientais
Ou o animalesco versos o socializado
Todo mundo tem um lado mórbido
Ou ainda um viés de fúria incontida
Sendo, ao mesmo tempo, dócil, suave
Há uma lenda indígena que trata disso
Sobre qual dos dois lobos irá sobressair
A reposta é sábia, simples e verdadeira
Sobressairá aquele que alimentarmos

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Portas



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Às vezes não se fecha a porta
Apenas pára de convidar a entrar
Mas ela continua aberta
Querendo entrar
Nem precisa bater


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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Uma Velha Nova Estrada



Há que haver sentido no caminhar
E o que fica é o que nos fez sentido
Tudo o que deixamos para trás escrito
Vivido, errado, acertando, aprendido
Mas já teremos sentido o suficiente?
Quantos passos mais deveremos dar?
Quão mais bifurcações nos surgirão?
Não se trata mais de bem ou de mal
Mas agora de escolhas sintomáticas
Frutos de ações livremente exercidas
Quiçá eu soubesse por onde trilhar
Essas estradas em ípsilones vários
Viajo ao sabor do vento, liberdade
Queria, contudo, meu ninho de volta
Sentido franco de amor em vontade
São elas, as coisas que vem do coração
Que darão o tom da escolha do sentido
A ser tomado nessa novel estrada
Preparem seus motores, cavalheiros
E apertem os cintos, pois o piloto surtou

quarta-feira, 12 de junho de 2013

12 de Junho - Vaticínios en Español



Pero hoy me callo
No tengo ganas de hablar
Nada - eso es todo lo que me queda

Finos Traços



O passado é um traço
Meu caminho eu faço
Dos senões me desfaço
Forjo o meu peito em aço
Quando o ar me é escasso
Procuro-te, meu espaço
Prendendo-a como um laço
Estás tu, felicidade a um passo
Não cabe mais o erro crasso
Que me retira do compasso
Volto, pois, ao meu bom traço
Que só eu posso, faço, traço
À minha vida, o meu abraço

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Seres Emocionais

Há pessoas que são diferentes
Elas simplesmente o são
Dotadas de uma inteligência rara
Com uma veia poética aflorada
Vêem o mundo sob um prisma de alma
Normalmente são fortes, donas de si
Com respostas firmes e prontas para tudo
Por vezes, entretanto, são incompreendidas
E se isso lhes toca fundo e aflige o emocional
Elas se perdem, se desmontam, se desarticulam
Podendo chegar ao ponto de se autodestruírem
Flertando por vezes até mesmo com o breu terminal
Bom é que possuem uma capacidade ímpar
De soerguerem-se, de recuperação
O perigo é quando estão cegas e perdem o ar
Em picos dentro da linha baixa da normalidade
São elas sobreviventes sempre
Felizes os que os compreendem
E que desfrutam de seu amor
Que se permitem por eles serem amados
E que compreendem seus conflitos
Que entendem seus silêncios
E os amam sem questionamentos
E o amor é assim...
Quando menos se merece 
É quando mais dele se precisa




quarta-feira, 5 de junho de 2013

Sons em Cores



Pinto versos em aquarelas de jardins
De olhos bem fechados vejo os tons
As notas saltam, pulam ao meu redor
Cores e tons em harmonia e em paz
Não distingo mais onde cada um está
Se é a cor que para mim canta e dança
Ou o verso que me encanta em cores   
Vejo as notas, ouço as cores dançando
Fazendo, criando uma melodia sinestésica
Música para meus olhos e ouvidos inquietos
Abram as cortinas, o show está para começar
Sons de cores, cores de tons em desatino
A criar uma música ímpar, para olhos e ouvidos
Quem puder, que lhe ouça e  lhe aprecie
Sinta-a na pele, se também puder
Meus cumprimentos à plateia

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Duas rodas de prosa



Um pedal longo num domingo de sol
Oportunidade ímpar de meditação
Momentos exclusivamente meus
Devaneios mil e algumas conclusões
Certezas fortemente cristalizadas
Nortes bem definidos e traçados
Amanheceres plenos de boas novas
Possibilidades agora descortinadas
Uma tela branca, uma folha de papel
Ávidas pelo que se lhes desenhará
E eu escolho as cores

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Vácuos Atemporais



O tempo é curvo
Tortamente reto
Segundos eternos
Dias anos-luz idos
Vida em hibernação
Instantes desconexos
Contagem regressiva
Até o zero absoluto
Única certeza no fim
Que se parta o relógio

sexta-feira, 17 de maio de 2013

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Velhos Hábitos





Hoje joguei tanta coisa fora
Bem Herbert Viana mesmo
Pedaços de mim amassados
Retalhos de carne e de alma
Já me desmontei outras vezes
Idas e vindas em uma busca
Procura de coisas simples
Nada de mais, de exagerado
Um paradoxo deveras aparente
Gosto refinado com simplicidade
Os calos obtidos me consolam
Não estou mais em busca de nada
Nada que extrapole paz e serenidade
"Menos é mais", já disseram antes




terça-feira, 5 de março de 2013

Paradoxos Atemporais



Meu oceano já foi mais amplo

O horizonte era bem mais distante

Ora mar revolto, ora calmaria

Os dias eram preenchidos, curtos

Meu relógio hoje está louco

Há nisso um paradoxo estranho

O tempo vem passando muito rápido

No calendário a folha dos anos pula

E os dias correm lentos, modorrentos

Antes dias desejados, hoje só por eles passo

A calmaria dos dias de hoje me é mau presságio

Caia logo tempestade

Interiormente Falando


Não gosto mais de cidade grande

O giro alto não é mais para mim

Trânsito caótico, gente impaciente, mau humorada

Abandonei esse (mau) hábito há alguns anos

Já curti bastante viver na selva de pedra

Hoje o mato, a tranquilidade me seduzem mais

Nada de buzinas, daquele corre-corre frenético

Formigueiro de gente sem motivo e razão

Dirijo hoje com calma, com tempo até de meditar

Mudança mais do que sadia de hábitos

Inversão total de valores antes em alta

Viva o simples, viva o giro baixo

O verde é mais bonito que o cinza

Loucuras Sãs



Loucuras por vezes são bem vindas

Refrescam a mente, renovam o corpo

Felizes os que se permitem enlouquecer

Por um instante apenas se permitirem

Viver todo o tempo são deve ser muito chato

A vida é por demais singela para prisões

Cárceres emocionais por vezes voluntários

Pobres pessoas sãs que não se permitem

Podem me chamar de louco o quanto quiserem

Minha loucura sazonal é meu linimento

Bálsamo para meu espírito e alma inquietos

Vida longa aos que me entendem

Ou não...


Instantes Desconexos



A luta e a labuta diária anestesiam

Transportam para recônditos da mente

Alegrias, prazeres, que passam ao esquecimento

Dias, anos, uma ou duas décadas sobrevivendo

Razões distantes da fome e sede da alma

Atendendo à necessidades diuturnas prementes

Felizes os que se desconectam, se desamarram

Irrompem um horizonte amplo que liberta

Quiçá algum dia eu possa bradar com força

"Liberdade para minha alma irriquieta!"

Livrar-me dos grilhões que vivem a sufocar-me

Liberdade para a vida e o viver livre

É só o que almejo...

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Morte Anunciada



Quantos por aqui já passaram?
Suor, sangue, grilhões, lágrimas
Almas acorrentadas ao vil metal
Dor, costas em carne viva
Riqueza e pobreza antagônicas
Um pobre barão ganancioso
O velho Trapiche hoje agoniza
Retrato do declínio de uma era
Salvem a memória para o povo
Não deixem o velho trapiche morrer