sábado, 22 de dezembro de 2018

ESTAMOS NOS TORNANDO ERMITÕES SOCIAIS?


A expectativa é a madrasta da decepção.
Acabei de criar essa frase, numa das minhas incursões mentais a respeito da arte de conviver com outras pessoas.
O segredo para não se decepcionar é não criar expectativas com absolutamente nada, mas nada mesmo.
Vivemos dias estranhos, com pessoas enclausuradas em seus universos particulares, onde não se expõem, não se doam, não vivem a plenitude do que é mais belo e puro nessa difícil arte de existir neste mundo.
Falo de permitir-se, falo de troca, falo de deixar-se levar por aquilo que verdadeiramente nos toca a alma.
Desconheço outra forma de vivenciar a felicidade que não seja a de compartilhá-la com alguém que também vivencie seus sonhos, suas loucuras, suas esperanças e até suas tristezas.
Me refiro àquelas pessoas que lhe arrancam sorrisos, seja um(a) amigo(a) seja um namorado(a), marido(esposa) ou qualquer outro tipo de relação pessoal que faz a gente se sentir bem.
Fato é que vejo hoje pessoas cada vez mais frias, individualistas, fechadas em si mesmas, sem se permitirem. E a vacina contra isso - mas que também envenena - é não criar expectativa alguma com absolutamente nada neste mundo.
Mas como fazer isso sem se tornar um ermitão social?
A resposta certamente está naquilo que é a mola mestra do acerto em tudo na vida: o bom e velho equilíbrio...
Definitivamente, acho que não sou mesmo desse mundo...