terça-feira, 31 de julho de 2012

Traços Soltos



Faço rabiscos num papel qualquer
Traço linhas aleatórias, toscas
Retratos de um hoje bem aquém
Do que almejo, desejo, mereço
O risco é forte, bem marcado
Sempre com uma caneta preta
Não gosto de escrever à mão
Engraçado como ela me dói
Sinto-a assim desde tenra idade
Tenho, de fato, o traço pesado
Escrita garranchada, letra de forma
Já os desenhos saem fácil, lépidos
Traços rápidos vão e vêm no papel
Habilidade que pouco exercitei
Poderia tê-lo feito, desviei-me
Um teclado hoje me é mais amigo
O que irei desenhar mais à frente?
Caricaturas de senões e por quês?
Retratos de escolhas de sim e de não
O talvez e o poderia me perseguem
Tento e não consigo desviar-me deles
Havia antes duas retas de traço firme
Não as vejo mais ali juntas, paralelas
Conseguirei reencontrar meu traço?

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