segunda-feira, 30 de julho de 2012

A Roda do Tempo



Longe de mim está o tempo
Giro rápido, louco, frenético
Decisões de supetão, loucas
Instinto frenéticos, catarses 
Imagens de linhas borradas
Tomadas curtas, em filmes 
Retratos de uma ânsia, sede
Vontade de tudo absorver
Voos curtos, em teto baixo
O hoje me soa diversamente
Rápido demais só o relógio
As semanas, os dias voando
Ainda que hoje eu gire baixo
A noção do tempo que muda
É a relatividade de Einstein
O que manda é o referencial
Estar-se-á em uma nova era?
Onde o tudo e o nada vivem
Coabitando nossa existência
Uma anarquia generalizada
Sutilezas cada vez mais raras
Banalidades já massificadas
Gostos duvidosos enlatados
Não me rendo à mediocridade
Ainda que eu me enclausure
Para fugir do burburinho tosco
Veneno para olhos e ouvidos
Isso é ser careta? Então o sou
Um viva aos caretas como eu
Sobreviventes teimosos, sãos
Defensores do bom português
Amantes de toda a boa música
Desconectados do que impera
Nessa salada de frutas podres
Viva o belo! Viva o bom gosto!
Estamos todos pedindo socorro

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