domingo, 27 de janeiro de 2013

TCES - O QUINTO PODER?




TCES - O QUINTO PODER?


Ronald Mignone 




Vou começar a escrever a respeito desse teatro dantesco arquitetado pelo Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, que deu azo à Operação Derrama, que culminou na prisão de prefeitos, ex-prefeitos e secretários municipais.

Inicio minha escrita dando conta de alguns números: Só no ano de 2003, uma certa empresa produtora de petróleo declarou que a produção dos poços de um determinado município do sul capixaba lhe rendeu a bela quantia de 93 milhões de reais. 
Bacana, né? Anotaram? Então vamos lá...
Por conta do trabalho da empresa CMS (que o Tribunal de Contas do ES sempre aprovou as contratações), o tal município descobriu que a empresa produtora de petróleo, que é motivo de orgulho para os brasileiros, na verdade obteve não apenas 93 milhões em 2003, mas a bagatela de 2 bilhões e pouco de reais, deixando de pagar, com seu "esquecimento" de declarar o que seria correto, um belo montante de royalties, impostos etc.
Daí pode-se fazer diversas ilações para entender as razões dessa "derrama" toda.
Estamos vivendo no Estado do Espírito Santo tempos negros, remontando à época da ditadura, onde não importam as provas (ou, no caso vertente, a absoluta ausência delas), mas sim a simples vontade de de se condenar e execrar publicamente quem contraria intere$$es grandes. 
Deu para começar a entender?
Se não me matarem antes, dentro em breve contarei isso tudo em livro, adiantando uma série de crônicas nas redes sociais, já que TODA a grande mídia é agraciada com gordas verbas publicitárias da tal querida empresa produtora de petróleo e, à toda obviedade, não publicarão nada que contrarie os interesses de tal empresa.
No final, o Estado do Espírito Santo ainda terá que pagar indenizações por danos morais a essas pessoas todas que foram presas por conta dessa hanna (opa! Foi mal, era para escrever gana) toda em querer calar a voz e os atos lícitos - afirmo - de quem estava simplesmente conseguindo cumprir o que a própria lei determina ao agente público: que é tomar atitudes para arrecadar o que de fato lhe é devido de impostos, royalties etc.
O dossiê já está pronto, dando conta desde o início das razões disso tudo estar acontecendo.
Esse teatro todo para acobertar o erro da balança de impostos e royalties é uma vergonha para um Estado que pretende lutar para conservar seu direito.

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