sexta-feira, 8 de junho de 2012

O mar me acalma




O mar me remete a mim mesmo
Vejo o seu cheiro, sinto seu som
Sinestesicamente, desse jeito...
Em dias de mar calmo, me escuto
Vejo o que tenho a dizer de mim
E me falo o que normalmente calo
Faço rabiscos na areia, traços rápidos
Hieroglifos que só mesmo eu entendo
Momentos íntimos, para mim e por mim
É um privilégio poder morar à beira-mar
Giro baixo, fácil. Vida tranquila, serena
Alimento farto para corpos, almas e mentes
Gente inquieta, ávida por sinergia, trocas
O ir e vir das ondas, seu som, seu cheiro
Me inebriam, me hipnotizam irresistivelmente
Sou de um signo de fogo, ele me tranquiliza
Minhas mãos, sempre quentes, suavizam-se
Minha energia em excesso flui, quando lhe toco
Só quem mora junto ao mar entende isso
É como sempre digo:
Quem mora aqui sabe...




Um comentário:

  1. Acho que não é uma questão de onde se mora, mas do que te move... eu nunca morei à beira mar, mas senti completamente cada linha do teu poema.

    Lindo!

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