Não sinto mais o passar dos dias
Ainda que letárgicas as horas
Ainda que letárgicas as horas
Lentas, mansas como
uma brisa
Em verões quentes,
preguiçosa
Espectro do meu
próprio existir
Desconectada alma
em carne viva
Sou prisioneiro de
mim mesmo
Atado ao que ainda
não vivi
Vestígios de uma
existência
Afinal, tudo é
cíclico, vem e vai
Que venha, então, a
fria brisa
Que acalme ou
apazigue o ser
O querer, o estar,
o deixar ir
Vidas que seguem,
alheias
Ao caos, à dor, ao
sofrimento
Viver é uma arte,
ainda que doa
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