sábado, 11 de agosto de 2012

Mãos entrelaçadas



Sede de olhares discretos
Um toque sutil de timidez
Sorriso saltante dos olhos
Metade bicho metade gente
O limiar da dor com unhas
Mãos no pescoço, pressão
Puxar de cabelos, apertos
Pudores inexistentes, suor
O sorver dos fluidos do outro
O alternar do ritmo, a dança
A mordida que deixa marcas
O encontro molhado dos lábios
Entrelaçar de línguas, afagos
O pulso acelera, a explosão
Olhar no olho nesse momento
Desnuda a alma, é a entrega
Faz rir, algumas vezes chorar 
Cada momento desses é uno
O depois tem que ser juntos
A suavidade do toque do pós
Pés entrelaçados, se faz calor
As unhas... Ah, as unhas...
Fazem-me virar gato de hotel
O replay. E o sono dos justos
Assumo: sou louco por unhas

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